Vicariato Episcopal Norte




sábado, 24 de dezembro de 2016

CALENDÁRIO CBs e CF 2017
Vicariato Norte
Não haverá retiro.
21/01/17 - 9h às 11h30 – Estudo Conjunto do Texto Base da CF 2017

28/01/17 - 9h às 11h30 – Estudo Conjunto do Texto Base da CF 2017

04/02/17 - 9h às 11h30 – Pré-Anúncio da CF 2017 no Vicariato Norte

18/02/17 - 8h às 2h – Anúncio da CF 2017 na Arquidiocese do Rio de Janeiro

01/03/17 ‐ Todas as Missas ‐ Abertura da CF 2017 em todas as Paróquias (Quarta‐feira de Cinzas)

25/03/17 ‐ 9h às 11h ‐ Reunião de Coordenação Círculos Bíblicos

08/04/17 - 8h30 às 11h30 – Manhã de Formação dos Círculos Bíblicos

02 e 03/06/17 - Peregrinação Arquidiocesana dos CBs a Aparecida.

17/06/17 ‐ 9h às 11h ‐ Reunião de Coordenação Círculos Bíblicos)

05/08/17 ‐ 9h às 11h ‐ Reunião de Coordenação Círculos Bíblicos

02/09/17 ‐ 8h às 12h ‐ Assembleia Vicarial dos Círculos Bíblicos

25/11/17 ‐ 15 às 17h - Curso de Formação – Animadores de CBs

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Tema e lema para o Mês da Bíblia 2017

Tema: para que n´Ele nossos povos tenham vida – Primeira Carta aos Tessalonicenses. 
Lema: Anunciar o Evangelho e doar a própria vida
(cf. 1Ts 2, 8). 

Logo no início de 2017 publicaremos o texto base e também os roteiros para encontros bíblicos.

Grande abraço!
Deus abençoe sempre você, sua família, vocação e missão!

Pe. Antonio Marcos Depizzoli
Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
SE/Sul - Quadra 801 - Conjunto "B"
70200-014 - Brasília - DF

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É importante observar que as reflexões sobre o tema e lema para o Mês da Bíblia acontecem desde o início do ano.
Portanto, constar na programação dos CBs paroquiais, a partir de janeiro/17.

A Palavra de Deus na Bíblia (72): Interpretação e tradução da Bíblia     

Pe. Pedro Paulo Alves dos Santos - Doutor em Teologia Bíblica
    
02/12/2016 17:45 - Atualizado em 02/12/2016 17:45

Neste artigo concluiremos a seção tão importante sobre o “Papel dos Diversos Membros da Igreja na Interpretação bíblica”, para iniciar a questão da função do exegeta na Igreja:
Reconhecendo a diversidade de dons e de funções que o Espírito coloca a serviço da comunidade, particularmente o dom de ensinar (1 Co 12,28-30; Rm 12,6-7; Ef 4,11-16), a Igreja concede sua estima àqueles que manifestam uma capacidade particular de contribuir à construção do Corpo do Cristo pela competência que têm na interpretação da Escritura (Divino afflante Spiritu, 46-48, E. B., 564-565; Dei Verbum, 23; PCB, Instrução sobre a historicidade dos Evangelhos, Introd.). Se bem que seus trabalhos não tenham sempre obtido o encorajamento que se lhes dá agora, os exegetas que colocam seu saber a serviço da Igreja encontram-se situados em uma rica tradição que se estende desde os primeiros séculos, com Orígenes e Jerônimo, até os tempos mais recentes, com o padre Lagrange e outros, e prolonga-se até nossos dias1.

Sim, os exegetas têm um papel discreto, mas importante, entre aqueles de outros cristãos. Eles situam-se na teia da Igreja, que tem por obrigação e dom, refletir sobe a relevância da interpretação da Igreja na decorrer de sua trajetória e missão: ‘manifestam uma capacidade particular de contribuir à construção do Corpo do Cristo pela competência que têm na interpretação da Escritura’.
Particularmente a pesquisa do sentido literal da Escritura, sobre o qual doravante insiste-se tanto, requer os esforços conjugados daqueles que têm competências em matéria de línguas antigas, de história e de cultura, de crítica textual e de análise de formas literárias, e que sabem utilizar os métodos da crítica científica.

Além desta atenção ao texto em seu contexto histórico original, a Igreja confia em exegetas animados pelo mesmo Espírito que inspirou a Escritura para assegurar que “um maior número possível de servidores da Palavra de Deus esteja à altura de oferecer efetivamente ao povo de Deus o alimento das Escrituras” (Divino afflante Spiritu, 24; 53-55; E. B., 551, 567; Dei Verbum, 23; Paulo VI, Sedula cura [1971]). Um motivo de satisfação é dado à nossa época pelo número crescente de mulheres exegetas, que trazem mais de uma vez à interpretação da Escritura novas visões mais penetrantes e colocam em evidência aspectos que tinham caído no esquecimento2.

A Igreja destaca a presença, nunca totalmente extinta da voz feminina na exegeta cristã, dada a extensa carreira de doutoras no trajeto da interpretação bíblica ao longo da História da Igreja.
Se as Escrituras, como se lembrou acima, são o bem da Igreja inteira e fazem parte da “herança da fé” que todos, pastores e fiéis, “conservam, professam e colocam em prática em um esforço comum”, é bem verdade no entanto que a “tarefa de interpretar de maneira autêntica a Palavra de Deus, transmitida pela Escritura ou pela Tradição, foi confiada unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade exerce-se em nome de Jesus Cristo” (Dei Verbum, 10).

Assim, em última análise, é o Magistério que tem a tarefa de garantir a autenticidade de interpretação e de indicar, quando ocorre, que uma ou outra interpretação particular é incompatível com o autêntico Evangelho. Ele desempenha encargo no interior da koinônia3 do Corpo, exprimindo oficialmente a fé da Igreja para servir a Igreja; para este efeito ele consulta teólogos, exegetas e outros expertos, dos quais reconhece a legítima liberdade e com os quais permanece ligado por uma relação recíproca com o fim comum de “conservar o povo de Deus na verdade que torna livre” (CDF, Instrução sobre a vocação eclesial do teólogo, 21)4.

No serviço único e indispensável do magistério, a consulta a exegetas e teólogos católicos exprime a Koinonia da Igreja e a dignidade dos carismas na construção da Igreja inteira, pela Verdade que liberta!

A tarefa dos exegetas
A tarefa dos exegetas católicos comporta vários aspectos. É uma tarefa de Igreja, pois ela consiste em estudar e explicar a Santa Escritura de maneira a colocar todas as riquezas à disposição dos pastores e dos fiéis. Mas é ao mesmo tempo uma tarefa científica que coloca o exegeta católico em relação com seus colegas não católicos e com vários setores da pesquisa científica. De outro lado, esta tarefa compreende ao mesmo tempo o trabalho de pesquisa e aquele de ensinamento. Tanto um como outro concluem normalmente em publicações5.
Referências:
3Koinonia é uma palavra de origem grega e significa “comunhão”. Este termo se tornou muito comum entre os cristãos, sendo utilizado no sentido de companheirismo, participação, compartilhamento e contribuição com o próximo e com Deus. Com a tradução da bíblia hebraica para o grego, o termo koinonia foi inserido no Novo Testamento, aparecendo pela primeira vez no livro de Atos 2:42, explicando como a vida cristã era compartilhada pelos crentes de Jerusalém. Cf. https://www.significados.com.br/koinonia/
5http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/pcb_documents/rc_con_cfaith_doc_19930415_interpretazione_po.html#IV

arqrio.org/formacao/detalhes/1540/a-palavra-de-deus-na-biblia-72-interpretacao-e-traducao-da-